Passar para o Conteúdo Principal

Cultura

Bibliotecas

Biblioteca Municipal Aquilino Ribeiro (Moimenta da Beira)
Biblioteca Aquilino Ribeiro - Fundação Aquilino Ribeiro (FAR) (Soutosa)
 

Museus

Espaço Afonso Ribeiro (Freguesia de Rua)

Localização GPS: Latitude - N 40º56’38; Longitude - W 7º34’17

Afonso Ribeiro, natural de Vila da Rua, concelho de Moimenta da Beira, nasceu a 07/01/1911 e faleceu em 1993, em Cascais.
Fez os seus estudos em Viseu e no Porto, onde completou o curso de habilitação para o magistério primário e onde leccionou em várias escolas.
Este foi autor pioneiro do movimento neo-realista, conhecido como corrente literária do século XX, marcada por ideologias políticas que descreviam a veracidade social das classes trabalhadoras.
Afonso Ribeiro, que tinha uma visão pastoril sobre o homem do campo, proclamava a necessidade de olhar para o mundo rural com outros olhos, afirmava “ Mundo muito mal feito. Uns com tudo e outros sem nada. Homens trabalhando para outros homens, como servos. Será sempre assim? (…) A terra é de quem a trabalha, os campos eram de quem os cultivava”, in Ilusão e a Morta, 1938, livro de novelas, este, é um dos variados excertos das obras de Afonso Ribeiro que denunciava o início de uma nova corrente literária, o neo-realismo.
O escritor emigrou para Moçambique onde conseguiu restabelecer contactos com diferentes escritores neo-realistas onde divulgaram trabalhos em publicações locais.
Ao regressar a Portugal, Afonso continuou a escrever e a publicar as suas obras, colaborando sempre com os jornais o Diabo e Sol Nascente e, na revista Vértice.
Poderá considerar-se que o autor conhecia as desigualdades sociais, as carências das classes desfavorecidas, a escravidão e suas dificuldades, mas foram estas certezas e a visão sobre o homem do campo que o levou a inspirar-se nas suas prosas e traduzir uma mensagem de liberdade e esperança de um futuro propício.

 

Museu Etnográfico do Arcozelo da Torre

Localização GPS: Latitude - N 40º57’57,7” Longitude - W 7º35’15,9


O Museu Etnográfico de Arcozelo da Torre, localizado em Arcozelo da Torre, concelho de Moimenta da Beira, foi o primeiro Museu Etnográfico da região a ser desenvolvido e digno desse nome.
Foi recriado numa casa rural, típica dos finais do séc. XVIII, princípios do séc. XIX. A casa que se encontrava em ruínas foi reconstituída com o intuito de demonstrar o ambiente único e singular da ruralidade do interior.
A casa é fiel às suas origens e é considerada uma casa de lavoura, onde ainda se pode admirar a loja do porco e das vacas, as lojas onde se armazenavam os cereais, a cozinha típica de lavrador, os quartos característicos da época onde se sobrepunham os colchões de palha, tudo feito preservando as normas e a autenticidade da traça original, onde se manteve a beleza inóspita da pedra e da madeira.
A exposição dos objectos e a tradição que todos eles contêm, servem para dar a conhecer a cultura local e, o que em anos passados era usado no dia-a-dia dos arcozelenses. Todos os instrumentos apresentados no museu servem, de uma forma ou de outra, para o estudo da região.

 

Museu Etnográfico Gente da Nave (Alvite)

Localização GPS: Latitude - N 40º58’46,5” Longitude - W 7º42’44

imagem

A Casa Museu “Gente da Nave”, fundada em Novembro do ano de 2000, situa-se em Alvite, no largo da Tulha, numa das antigas ruelas onde o granito ornamenta os edifícios existentes. A vila pertence ao concelho de Moimenta da Beira.
Neste espaço, podemos encontrar a verdadeira tradição de Alvite, as preciosidades que em tempos antecedentes enchiam as casas e a vida da população.
O Museu foi fundado com o intuito de expor os artefactos tradicionais, como os potes de ferro, os tamancos de madeira, telefones antigos colocados sobre o armário da cozinha, os colchões de palha que agasalhavam as noites invernosas, a mala do enxoval colocada ao fundo da cama, as colchas de trapos, toalhas de renda, entre outras peças que distinguem a tradição alvitana.
Estes são os bens mais preciosos que a Gente da Nave quer preservar, no entanto, foi através do comércio que a população se deu a conhecer. Em outros tempos a comercialização era feita através de trocas de coisas por coisas, tudo o que pudesse despertar o interesse comercial, como as meias de lã, as carapuças, agulhas e louças.

A completar as atividades de comércio, os artesãos construíam as cestas feitas de palha segura com casca de silvas e, a famosa Capucha de Alvite em burel, esta servia de agasalho nas idas à serra e na labuta do dia-a-dia. Segundo o Pe. Joaquim de Azevedo, “Alvite, no alto da serra, d’onde se descobrem muitos montes, que se podem lavrar todos, ainda que frios e desabridos”, eram considerados um povo diferente e progressivo.

 

Casa Museu Aquilino Ribeiro (FAR) - (Soutosa) 

Monumento de Interesse Público

Localização GPS: Latitude - N 40º53’15,2” Longitude - W 7º40’04,9”


imagemA nobre casa de Aquilino Ribeiro, em Soutosa, datada do séc. XIX dá lugar à Fundação Aquilino Ribeiro (FAR), instituição de utilidade pública sem fins lucrativos. A casa senhorial, como muitos lhe chamam, tem como objetivo promover a vida e obras literárias de Aquilino Gomes Ribeiro e preservar as memórias do escritor, valorizando os bens culturais e promoção da sua obra com objetivos científicos, educativos e lúdicos.

Aquilino, nasceu em 1885 na freguesia de Carregal, Sernancelhe, mas foi em Soutosa, concelho de Moimenta da Beira, que o escritor passou parte da sua infância, mudou-se para a aldeia juntamente com os seus pais, aos dez anos de idade.

Após a morte de seu pai, Aquilino herda, em 1918, a exímia casa de Soutosa que aparece sempre como refúgio na vida crucial do escritor.
A sua cronologia é extensa, o mestre passou e viveu em diferentes lugares, colocando-se em fuga diversas vezes, combatendo sempre as ditaduras. No entanto, nunca deixou para trás a escrita onde a palavra liberdade era fulcral em todos os seus romances.
Em vida publicou 69 livros onde abordavam diversas áreas, como a ficção, memórias, literatura, biografias, estudos de história e etnologia, teatro, crítica literária, entre outras. Em 1907, em parceria com José Ferreira da Silva escreve A Filha do Jardineiro, obra de ficção e de crítica às figuras do regime.
De linguagem provinciana e de cariz prosador do séc. XX, e através de uma escrita original, Aquilino afirmava com persistência que “alcança quem não cansa”, uma das frases mais conhecidas do autor.
A Casa-Museu presenteia-nos com centenas de objetos pessoais do escritor, como livros, postais e fotografias. Sem esquecer, o extenso jardim, o pátio interior da Casa, os anexos de lavoura, a Biblioteca de Aquilino, situada na casa de São João que possui também um auditório e, a Casa do Aldeão que é conhecida por ser uma casa doméstica dos finais do século XIX, princípios do século XX, onde possui utensílios usados nos nossos antepassados.
A FAR é o local ideal para conhecer e compreender o mundo retratado pelo mestre Aquilino, talvez divagar e entender os porquês da sua luta e persistência pela igualdade e liberdade.

Núcleo Museológico de Pêra-Velha